No cenário atual, o mercado está cada vez mais antenado e exigente, procurando por qualidade e bons produtos ao mesmo tempo em que a concorrência está cada vez mais acirrada, tanto em número de concorrentes quanto nas suas estratégias de marketing e precificação, é preciso pensar muito antes mesmo de chegar na pergunta acima. No artigo de hoje vamos abordar o cenário atual, as perguntas certas e as respostas importantes.

O cenário atual: Crise econômica e concorrência acirrada

A crise que já se prolonga por quase 4 anos tem efeito direto na alteração dos padrões de consumo. As pessoas estão pensando muito mais antes de dispor seu suado dinheiro. Isso na prática achata a demanda por produtos diferenciados ou mais caros.

Por outro lado, talvez também por efeito da crise, parte da mão de obra que não está conseguindo colocação no mercado de trabalho acaba migrando para o setor alimentício, tanto informal quanto o formal.

Seja pela veia empreendedora ou para driblar a crise, o número de empreendedores vem crescendo ano a ano. Segundo o Serasa Experian, houve um aumento de 11,4% no número de CNPJ’s criados em 2017, em relação ao ano de 2016. Esse é o maior número de novos empreendimentos criados em um ano da história do Brasil e coloca o país no ranking dos países com o maior número de empreendedores do mundo.

Fazendo as perguntas certas

Antes de decidir se você deve ou não abrir seu negócio, as perguntas mais básicas a serem feitas são:

  1. O que levaria o consumidor a comprar meu produto/serviço e não o do meu concorrente?
  2. Na crise, eu consigo vender o meu produto?

Se a resposta para alguma dessas perguntas for negativa é hora de voltar para a prancheta. Com a expectativa longínqua para o final da crise e consequente tendência para o aumento da concorrência, definitivamente é necessário ter um produto mais desejável que a concorrência e com capacidade de comercialização na crise. Mas somente isso é suficiente?

De maneira sucinta: NÃO! As duas perguntas acima são dois indicadores importantes de se o negócio já vai nascer fadado do insucesso, contudo, ainda é necessário analisar a viabilidade do negócio. As próximas perguntas talvez demandem algumas análises para ser respondidas, mas são fundamentais para o desenvolvimento do negócio.

  1. Qual o tamanho da estrutura necessária? Pequena, média ou grande?
  2. Será necessário contratar funcionários?
  3. Será necessário terceirizar alguma parte da operação?
  4. Quais os equipamentos necessários?
  5. Qual será o custo da minha estrutura?
  6. Qual será o preço de venda?
  7. Quanto preciso vender para atingir o ponto de equilíbrio?

Essas perguntas também são básicas, elas podem ajudá-lo a fazer alguns ajustes em seu modelo de negócios antes mesmo de você começar a investir em sua ideia. Mais do que isso, elas podem ajudá-lo a perceber inconsistências que inviabilizam o negócio como um todo. Como por exemplo uma estrutura muito cara em relação ao preço de venda do produto, neste caso seria um forte indicador para reformular a ideia ou partir para outra ideia.

E os clientes?

De nada adianta uma empresa sem os clientes. E, embora seja possível criar estratégias de vendas e marketing com a empresa funcionando, fazer isso antes pode permitir que você não invista dinheiro em ações que não estão alinhadas com a melhor abordagem para sua empresa. Seja através de mídias sociais/digitais, panfletagem, degustação ou outras formas, em tempos de crise economizar é tão importante quanto ganhar.

Pra finalizar, segundo a empresa IDC, líder em inteligência de mercado e consultoria, em uma pesquisa realizada junto ao LogMeIn, 67% dos entrevistados sinalizaram que satisfação é mais importante que preço. Dentre outras coisas, o resultado aponta que oferecer serviços ou produtos agregados ou com diferencial (premium) pode trazer mais resultados para a satisfação do cliente do que praticar o menor preço do mercado.

Pense nisso.